Onde foi parar minha escrita?
Em que ralo, em que tela, em que espaço?
De onde vem a confusão de idéias e a pobreza estética? E a ética?
Por quê o medo da brancura? Será excesso de censura?
Pra quê as rimas não rimadas e as não-rimas tão rimadas?
O que fazer com o que tenho em mim quando eu mesmo não tenho idéia do que tenho em mim? Por tudo que sinto, muitas vezes, acontece. Por tanto que sinto, nunca. Acontece... Acho que acontece... E espero que passe. Que suma esse tanto quantitativo! Que dê espaço ao tudo qualitativo. Que passe a escola. Que alguém reboque o carro quebrado! Que a dispersão flua tanto, ou mais, que a concentração!
E, por favor, que a bateria toque mais alto! E menos quadrada, mais sincopada! E que erre mais vezes. E que o erro se perca em meio a tamborins furados, bumbos rachados e cuícas desajustadas...
Que venha logo o novo ano!
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