Hoje a vida não está boa. Hoje.
Há esses dias, não há? Em que acordamos preocupados, dias de surto de realidade.
Freqüentei ares antigos e percebi poucas mudanças. Percebi que talvez quisesse não haver mudado junto. Ou que, se tivesse ficado, se tivesse engolido meus próprios sapos, talvez estivesse mais satisfeito, com menos fome.
A fome... A fome que impede que sintamos o verdadeiro gosto da refeição. Que nos ilude, que nos mascara por dentro.
Dia púrpura... Púrpura escuro, quase negro.
Quanta bobagem por aí... Bobagens gratuitas e pagas. Quanta injustiça, não? Complicado manter a sobriedade da construção do caminho. Complicado aceitar as mazelas como parte do processo.
Quantos eternos começos! Quantos poucos fins!
Entendo bem a saída de incêndio nesses dias. Entendo muito bem...
Com licença, vou me afogar em cobertas felpudas e duchas fortes. Não sei ainda se nesta ordem, ou se em ordem inversa...
É, talvez prefira os inversos. Talvez prefira os invernos nestes dias vermelhos da minha bipolaridade!
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