segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Constatações de um sábado à noite

O cheiro do mar, à noite, é doce.

As Tetas da Fafá de Belém são tão grandes, que funcionam como lupas: podemos ver as veias azuladas que drenam sua libido para as pregas vocais.

O trânsito de São Paulo é desesperador, mas tem saídas; o trânsito do Rio é desesperador quando não tem saídas.

Minha amiga Juliana Palermo canta Todo Sentimento do jeito que eu gosto; Cristovão Bastos toca Todo Sentimento do jeito que eu gosto - lógico, a música é dele.

O túnel de São Conrado só tem mesmo luz no fim do túnel.

Eu ando me emocionando só com a idéia de poder criar.

Sérgio Britto talvez seja eu amanhã, tamanha a identificação.

Fafá de Belém é bandida e solta na vida.

Chico Buarque de Holanda me faz chorar pelo encantamento do fazer, mais que pelo conteúdo; mas também pelo conteúdo, dependendo do conteúdo e do dia, obviamente.

Os cariocas são, no geral e infelizmente, muito mal-educados.

É interessante estar em silêncio e só, para ouvir o tilintar do gelo no copo, como um guizo de cabrito, enquanto andamos pela sala, descalços, bebendo água.

Nada como fazer cocô no aconchego do sentir-se em casa, e de portas abertas.

Jazz contemporâneo mal-feito é demasiado chato.

Definitivamente, preciso a aprender a usar o Nextel.

O Rio é tão bonito à noite, quanto o é de dia! De dia, brilha a praia, à noite. brilham os morros. E os olhos... Ah, os olhos brilham sempre!

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