quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O ÓCIO

Um estado de falta de fôlego, de taquicardia, de eterna náusea, de anorexia. Uma entorpecente dificuldade de foco, uma nebulosa visão, desatenção. Tremor, ofegância, ânsias, anseios, ansiedades. Uma aceleração disritmada das conexões neuronais, uma sensação de multiplicação desenfreada de neurônios sedentos por qualqueres. Tiques, TOCs, espirros. Ações inúteis, depressões, agitações. Pessimismos, oásis de otimismos, pessimismos. Desespero. Espera. Ação. Espirros. Sentares, levantares, deitares. Traves de mandíbula, hiperatividade da língua dentro da boca, ou fora, ou nem lá nem cá. Espirros. Cólicas, sentadas, limpadas, levantadas, cólicas, sentadas, levantadas, esquecimento de limpadas, cólicas. Apegos, desapegos. Necessidade de construção que destrói. Corrói, corrói, corrói. Rói. Espirros. Obscenidades, masturbações, ejaculações, culpa. Manchas Sombras. Medo. Ego, Superego, ID. Gás. Secreções espessas. Leituras, esquecimentos. Idéias. Outras leituras. Idéias. Dissertações, dissecções, deturpações. Ficção banalizada, existencialismo frouxo. Tanto que é tão pouco. Tudo que nada é. Motivo destas palavras. Ópio... Ópio? Ópio!

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