A flor. Mais bela que ela, não havia.
Tinha medo – medo de ser tirada do vaso, onde vivia.
Quem Dela Cuidava recebia flores todos os dias. Flores sem causa, sem ironia, que para nada serviam, senão para colorir a vida de quem as recebia. Amava a outra, a que havia plantado, e ela somente. As outras, sem terra, sem vaso, logo morriam.
Mas o medo que A Realmente Amada tinha, gerava nela espinhos cada vez mais afiados, cada vez mais rancorosos.
Até que um dia, Quem Dela Cuidava foi tentar tocá-la, para dela tratar. E a flor que tudo possuía, feriu os dedos de quem realmente a amou, um dia.
E assim, na triste impossibilidade de ser cuidada sem ferir, de ser amada sem machucar, A Realmente Amada foi ao meio partida, ao lixo lançada e, regada a lágrimas, dolorosamente esquecida.
Um comentário:
ai, menino.
que coisa.
amei.
bjs.
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