É estranha a sensação. Como se as palavras fossem absorvendo os sentimentos. Uma espécie de catarse anulativa. Não sei se gosto da idéia de me transformar em máquina.
A questão é, então, como ser realmente útil à humanidade, sem ser máquina?
Estes humanos que esperam sempre a prontidão absoluta, um sabor já conhecido, uma plasticidade harmônica e vendável. Estes humanos que pouco criam, que muito procriam, que seguem rotinas, que ensaiam o sexo, que traçam mapas e compram bússolas. Eles, que são açoitados pela estética e gostam, que são atropelados pelo tempo e riem, que moram no futuro e morrem no presente, que cumprem as leis em falsidade.
Como manter-me humano nesta caldeira?
Um comentário:
Adorei os textos.
Parabéns
Postar um comentário