Aos poucos encontro por aqui, textos de outrora que me soam tão engraçados, hoje. Engraçados porque não se parecem mais comigo... Talvez não sejam mais meus. Assim, aqui, os entrego.
"Eu queria falar de amor, mas aprendi que do amor não se fala. Do amor se prova.
Eu preciso amar, para conseguir viver. Eu quero poder sentir. Eu quero funcionar meu coração, mas não sei por quem. Não sei por quê. É uma vontade de tocar, sem pele. Uma fome de beijo, sem boca.
Acho que, um dia, já soube amar...mas desaprendi. Me fechei entre muros espessos, em castelos guardados, onde deixo livre minha imaginação; somente ela; semente dela.
Sinto me tão só. Às vezes acredito que me basto, às vezes me devasto em sofrimentos piedosos. Piedosos de mim. Isso me preenche por alguns segundos e me alucina em um choro seco, soluços mudos, gritos abafados.
Fumo, não bebo. O álcool me rouba. De quem? Quem?
Quero ter a coragem de sair pelas ruas, de me transbordar, de me permitir. De beijar rostos amigos, de berrar nomes absurdos e pensamentos imperfeitos. Quero poder errar. Quero ser livre na simplicidade do humano."
Um comentário:
Lindo, Du, vc falou de mim também.
Pinçando o essencial: [" Quero poder errar. Quero ser livre na simplicidade do humano"]é a aceitação da própria condição de busca.Amei.
Carinho,
Ligia, em 15 de janeiro de 2008.
Postar um comentário